sexta-feira, 29 de março de 2013

MICRO ORQUÍDEAS CULTIVADAS EM BONSAI




Duas espécies de Pleurothallis, uma Acianthera sonderiana (e uma suposta Octomeria) sendo cultivadas em tronco de pré-bonsai de Serissa.




Maxillaria (possivelmente M. cogniauxiana) em pedra. Na fase inicial, foi usado pequena quantidade de sfagno para prender as orquídeas às cavidades entre o tronco e a pedra. Note-se o musgo, sugerindo umidade. 


segunda-feira, 11 de março de 2013

Orquídea PSYCHOPSIS PAPILIO



Psychopsis é um género botânico pertencente à família das orquídeas (Orchidaceae). Foi proposto por Rafinesque em Flora Telluriana 4: 40, em 1838. A espécie tipo do gênero é a Psychopsis papilio (Lindley) H.G.Jones, que Rafinesque redescreveu de forma supérflua como Psychopsis picta, uma vez que John Lindley já a havia descrito anteriormente como Oncidium papilio. O nome deste gênero refere-se à semelhança de suas flores com borboletas.
Psychopsis, junto com Psychopsiella, formavam a seção Glanduligera de Oncidium. Em 1838 Rafinesque propôs o gênero Psychopsis para abrigar o Oncidium papilio que acabara de ser descrito por Lindley, mas esse gênero não foi inteiramente aceito. Em 1903 Kuntze reduziu-o a uma seção de ´´Oncidium]], e sua utilização permaneceu restrita por muitos anos. Em 1982, Lückel e Braem propuseram não só que se revalidasse o antigo gênero de Rafinesque como também a criação de um novo gênero para abrigar o pequeno Oncidium limminghei, Psychopsiella.
Seguindo a tendência recente de se revisar toda a taxonomia dos seres vivos segundo critérios filogenéticos a comprovação dessas espécies como gênero à parte de Oncidium é confirmada, situando-se em um dos primeiros grupos a derivarem de Oncidium, formado pelos dois gêneros e ainda por Trichopilia. No entanto se propõe a subordinação de Psychopsiella a Psychopsis, o que para muitos parece desnecessário. Por enquanto aqui mantemos estes gêneros em separado.


Trata-se de gênero com quatro ou cinco robustas espécies epífitas, de crescimento cespitoso, que existem do sul da América Central ao norte da floresta Amazônica.
Quanto às espécies encontradas no Brasil, as informações que existem são vagas. Seguramente, pelo menos uma das espécies existe. Por muitos anos se disse que haveria Psychopsis papilio na Amazônia, entretanto não há qualquer referência de coleta comprovada. É possível que esta informação tenha sido ocasionada por alguma confusão inicial na identificação da espécie encontrada. Recentemente Joacy de Freitas Luz, no boletim Orquídeas, apresenta fotos de local de coleta de Psychopsis sanderae próximo de Pacaraima, em Roraima. Por outro lado, conferindo as fotos apresentadas em seu livro verifi-se que na realidade trata-se da espécie Psychopsis versteegiana, muito parecida com a outra. Como provavelmente trata-se da foto da planta encontrada, possivelmente a ocorrência no Brasil deveria ser alterada para esta espécie e não Psychopsis sanderae. É provável que outras existam no Brasil. Por hora mantemos apenas a referência de Psychopsis versteegiana.

A semelhança entre Psychopsis e Psychopsiella é bastante clara, ambos apresentam folhas de verde escuro maculadas de castanho, em ambos a inflorescência é longa com apenas uma flor, eventualmente duas ou mais em sequência, de formatos e cores parecidos, entretanto Psychopsiella é em tudo muito menor. Dentre outras diferenças, os pseudobulbos são pequenos e cordiformes, e não ovalados e grandes; e suas flores apresentam sépalas e pétalas curtas largas e todas semelhantes, muito diferentes de Psychopsis onde são extremamente longas e estreitas, mas com as sépalas dorsais largas e franjadas.
Adicionalmente, Psychopsis caracteriza-se por apresentar rizoma reptante curto, com robustos pseudobulbos unifoliados, agregados, como já mencionamos, de formato ovalado, lateralmente comprimidos, levemente enrugados quando velhos. As folhas são coriáceas, elípticas, alongadas espessas porém flexíveis belamente maculadas de verde escuro e castanho. A inflorescência nasce da base dos pseudobulbos, é longa, ereta ou arqueada, com brácteas espaçadas, como em Phalaenopsis permanecendo ativa durante diversos anos, florescendo sempre na extremidade, mais de uma vez por ano. Comporta apenas uma flor por vez, mas diversas em sequência.
As flores são bastante grandes, com sépala dorsal e pétalas semelhantes, muito longas e estreitas, eretas quase como se fossem antenas, de base muito atenuada, levemente alargadas e ovaladas no terço final, amareladas maculadas de castanho alaranjado, as sépalas laterais muito mais largas que a dorsal, falcadas e com margens onduladas ou intensamente franjadas, muito coloridas, de amarelo pintalgado ou maculado de castanho avermelhado. O labelo é trilobado, com margens bastante franjadas, os lobos laterais oblongo-arredondados, e o mediano contraído em istmo, o calo, bastante complexo, situa-se entre os lobos laterais. A coluna apresenta antenas laterais, grandes asas laceradas ou não, e antera terminal com duas polínias obovadas.
Fonte: wikipédia



terça-feira, 5 de março de 2013


Orquídeas Incomuns: GÊNERO MASDEVALLIA 

O nome é uma homenagem ao médico e botânico espanhol José Masdeval, que teve seu nome latinizado para Iosephus Masdevallius. Masdeval viveu no século XVIII, na corte de Carlos III. Este gênero compreende mais de quinhentas espécies epífitas, ocorrendo no Brasil, Peru, Equador, Colômbia, Costa Rica e Venezuela. A maioria das espécies vive acima de 0 a 2.000 metros de altitude e poucas se adaptam a climas quentes. Deste gênero foram desmembrados: Dracula, Dryadella, e Trisetella.

Produção: divisão.
Tipo: híbrido.
Cultivo: fácil desde que em local fresco e úmido.
Floração: qualquer época, frequente.
Duração das flores: uma semana.
Tamanho quando adulta: até 30cm.
Tamanho da flor: 7 cm.
Quantidade de flores: 1 por haste, diversas em sucessão.


Nome: Masdevallia Angel Tang.
Híbrido entre: Masdevallia veitchiana x Masdevallia tonduzii.
Trata-se do cruzamento de uma espécie do Peru, Masdevallia veitchiana, planta de grandes flores alaranjadas ou vermelhas que existe a grandes altitudes, com a Masdevallia tonduzii, espécie de baixa altitude, de grandes flores brancas, internamente pubescentes, com longas caudas sinuosas esverdeadas, hoje classificada como Reichantha tonduzii, originária da Costa Rica e Panamá. O cruzamento entre duas plantas de habitat tão diferente conferiu grande resistência a este vistoso híbrido, indicado para quem pretende iniciar o cultivo de Masdevallias.


Nome: Masdevallia Angel Glow.
Híbrido entre: Masdevallia Angel Frost x Masdevallia Marguerite.
Autor do registro: não está registrada na Royal Horticultural Society.
Trata-se de híbrido já moderadamente complexo, resultante do cruzamento de três espécies. De seus pais a Masdevallia Angel Frost é o cruzamento de uma espécie do Peru, Masdevallia veitchiana, planta de grandes flores alaranjadas ou vermelhas que existe a grandes altitudes, com a Masdevallia strobelii, miniatura de vistosas flores amarelas e brancas; e a Masdevallia Marguerite resulta do cruzamento da Masdevallia infracta, hoje Alaticaulia infracta, espécie pequena de cores muito variadas, miniatura muito resistente e de baixas altitudes, muito comum em toda América do sul, com a já citada Masdevallia veitchiana. Estes cruzamentos conferiram grande resistência a este vistoso híbrido, indicado para quem pretende iniciar o cultivo de Masdevallias.



sexta-feira, 1 de março de 2013

Microorquídeas - ORNITHOPHORA RADICANS




É considerada uma microorquídea delicada e vigorosa, formando com facilidades grandes touceiras. Possui pseudobulbos finos e levemente enrugados, com duas folhas laterais que surgem bem finas e estreitas, de 15 cm de comprimento de cor verde-clara. Em suas hastes florais apresentam minúsculas flores de 0,5 cm de diâmetro, com pétalas e sépalas verde-claras. Possui labelo circular, bem pequeno de cor branca e mancha marrom na sua base e coluna. Floresce na primavera.

São plantas de rizoma mais ou menos alongado, bastante radicífero, com raízes aéreas; pseudobulbos  espaçados, bifoliados, ovóides, lateralmente comprimidos, guarnecidos por diversas baínhas foliares imbricadas, as internas bem maiores que as externas, porém todas menores que as folhas. Estas são herbáceas, lineares, bastante estreitas, delgadas, com aparência de gramínea. 

A inflorescência brota das baínhas dos pseudobulbos, é ereta, racemosa, com uma dezena de pequeninas flores espaçadas.
As flores têm as sépalas e pétalas de verde pálido um pouco translúcido, bem abertas, até reflexas, de tamanho e formato parecidos, algo espatuladas. O labelo, tem longo unguiculo sobre o qual existe um calo arredondado, amarelo em duas camadas, que se prolonga em dentículos brancos menos aparentes presentes no disco, este também branco, algo reflexo, com estranho formato como se pode ver nas fotos. A coluna é longa, destacando-se muito, tanto pela cor vinosa, como por estar em posição perpendicular ao resto dos segmentos, mais espessa na base, delgada na seção mediana, alargando-se em duas pequenas aurículas sobre a cavidade estigmática. antera grande apical.





Trata-se de gênero monotípico natural da Mata Atlântica do sudeste e sul do Brasil, cuja única espécie é epífita, de crescimento escandente.
Originalmente descrita em 1864 por Reichenbach como Sigmatostalix radicans foi posteriormente movida para o gênero Ornithophora, criado por João Barbosa Rodrigues em 1882.

Características distintivas: é facilmente reconhecida tanto pela planta, que lembra uma touceirinha de capim, como pelas flores.